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GIA - Grupo Integrado de Aquicultura e Estudos Ambientais
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Insetos aquáticos (ninfas e libélulas) na piscicultura

20/04/2021
in Divulgação Científica, Notícias
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Por Ana Paula da Silva Bertão                                                                                           Publicado em 25 de março de 2019

Entre a classe Insecta, encontra-se a ordem Odonata, pertencentes a esta ordem são as libélulas. São um grupo de insetos com indivíduos adultos de coloração marcante (Figura 1) e ninfas opacas (Figura 2). Estes indivíduos possuem dependência direta de água no estágio larval e indireta na fase adulta, por estarem relacionados aos ambientes límnicos associados pelo comportamento reprodutivo (Borror et al., 1989; Ramírez, 2010). As libélulas são hemimetábolos, ou seja, apresentam processo incompleto de metamorfose, do ovo eclode uma ninfa (forma jovem), que depois de alguns processos de transformação passam a ser adultos. Os adultos possuem o estádio terrestre e depositam ovos sobre a vegetação adjacente ao corpo de água ou substratos submersos, ou os liberam diretamente na água (Figura 3).

             Figura 1. Libélula adulta da ordem Odonata. 

            Figura 2. Ninfa de libélula ordem Odonada.

                                            Figura 3. Libélula adulta liberando os ovos sobre uma planta aquática. 

Os ovos e as ninfas (também conhecidas como náiades), representam o estágio aquático, designada como a fase ninfal que possui período de vida mais longo que os demais estágios. A maioria das espécies de Odonata, passam por períodos entre um mês, a mais de um ano como ninfa e possuem um número variável de estágios até atingir a fase adulta (Ramírez, 2010).

Os insetos aquáticos e outros invertebrados aquáticos são fundamentais na cadeia alimentar dos sistemas aquáticos e principalmente para os peixes cultivados (Von Hessberg e Quintero, 2004). Para que exista harmonia entre os insetos aquáticos e o manejo na piscicultura, é necessário que o piscicultor conheça o comportamento biológico que os insetos aquáticos apresentam. Assim, como a biologia das espécies de peixes cultivadas. Para que desta forma se estabeleçam melhores condições de cultivo minimizem os prejuízos da predação destes insetos sobre as pós-larvas de peixes.

As pós-larvas quando povoadas nos sistemas de produção, podem se alimentarem de larvas de insetos aquáticos, presentes nos tanques ou viveiros. Isto ocorre quando o povoamento e o manejo das pós-larvas ocorrem no período correto, que seria quando os peixes estão com tamanho suficiente e povoados com até 5 dias após a eclosão. Para que as pós-larvas possam predar as ninfas ou estarem aptas a se defenderem de predadores. Pois, quando o manejo do povoamento ocorre em período tardio, as ninfas vão predar as pós-larvas, ocasionando grandes prejuízos na produção de alevinagem.

Esses prejuízos estão associados a forma de predação que as ninfas realizam, pois possuem o comportamento voraz e qualquer animal aquático podem ser presas para elas. Como as pós-larvas de peixes, besouros aquáticos, larvas de mosquitos, vermes e girinos. As ninfas possuem uma maneira eficaz de capturar suas presas, com mandíbulas flexíveis e extensas equipadas com ganchos e dentes afiados (Figura 4 e 5).

Figura 4
Figura 5

                  Figura 4 e 5. Ninfas de libélulas capturando pós-larvas de peixes, com mandíbulas e dentes afiados.

As ninfas de libélulas vivem principalmente em águas lênticas, preferíveis com vegetações próximas das margens. As ninfas vivem em piscicultura de agua doce e salobra, ambientes lóticos e lênticos. Fatores físicos como temperatura, profundidade da água, presença ou ausência de vegetação, determinam o consumo das ninfas sobre as pós-larvas de peixes.

Ninfas são predadoras carnívoras vorazes principalmente de pós larvas de peixes de até 1,5 gramas de peso vivo. Uma única ninfa pode consumir até 5 pós larvas/dia, em um ciclo de produção na piscicultura pode haver grandes perdas causadas por estes insetos aquáticos.

Muitos piscicultores têm utilizado indiscriminadamente diversos tipos de substancias químicas tóxicas e não biodegradáveis para o combate a estes insetos aquáticos, porém a utilização destas substancias podem causar grave distúrbios na fauna primária aquática (Mccafferty, 1983). Geralmente são utilizados inseticidas organofosforados, não recomendados pela legislação ambiental, para o uso dessas substâncias nos ambientes aquáticos (Winkaler, 2008).

Dentre os compostos com origem os organofosforados, destaca-se o Paration metílico (comercialmente conhecido no Brasil como Folidol 600® (Bayer) e Folisuper 600 BR® (Agripec)) (Queiroz, 2017). Este composto é classificado pela Agência de Proteção Ambiental dos EUA como um pesticida de uso restrito, pertencente à classe toxicológica I, dos compostos extremamente tóxicos, podendo ser utilizado somente por aplicadores autorizados (Queiroz, 2017). Esta substância, quando utilizadas com exposições em altas doses, podem afetar o desenvolvimento normal dos peixes. O que podem resultam em movimentos não coordenados, perda de mobilidade e de equilíbrio e alterações degenerativas no fígado, nos rins e no epitélio branquial dos peixes (Monteiro et al., 2009).

Como também, podem gerar consequências desfavoráveis ao meio ambiente, quando disseminadas pelos cursos hídricos e entrando em contato com outros organismos presentes nos ambientes (Botelho et al., 2012).

Alguns métodos preventivos e de controle podem ser realizados para minimizar a predação das ninfas sobre as pós-larvas na piscicultura. Como realizar práticas de manejo adequadas, como o período correto de povoamento das pós-larvas; manter sempre limpa as margens dos viveiros ou tanques de produção e produzir as pós-larvas em um local protegido da predação das ninfas de libélulas.

Referencias

BORROR, D. J.; TRIPLEHORN, C. A.; JOHNSON, N. F. An introduction to the study of insects.   Saunders College Publishing, 1989.  ISBN 0030253977.

BOTELHO, R. G.  et al. Prós e contras da aplicação de pesticidas na aquicultura. Aquicultura, p. 45,  2012.

KUBITZA, F. Larvicultura de peixes nativos. Panorama da aqüicultura, v. 77, p. 47-56,  2003.

MCCAFFERTY, W. P. Aquatic entomology. The fishermen’s and ecologists’ illustrated guide to insects and their relatives. Jones and Barlett Publishers. Inc., Boston, EEUU,  1983.   

MONTEIRO, D. A.; RANTIN, F. T.; KALININ, A. L. The effects of selenium on oxidative stress biomarkers in the freshwater characid fish matrinxã, Brycon cephalus (Günther, 1869) exposed to organophosphate insecticide Folisuper 600 BR®(methyl parathion). Comparative Biochemistry and Physiology Part C: Toxicology & Pharmacology, v. 149, n. 1, p. 40-49,  2009. ISSN 1532-0456.

QUEIROZ, J. C. Controle químico de ninfas de libélula (Insecta, Odonata) durante a larvicultura do Jundiá (Rhamdia quelen).  2017.

RAMÍREZ, A. Capítulo 5: Odonata. Revista de Biología Tropical, v. 58, p. 97-136,  2010. ISSN 0034-7744.  

VON HESSBERG, C. M. H.; QUINTERO, A. G. IMPORTANCIA DEL ORDEN ODONATA PARA LA PRODUCCIÓN DE PECES EN AMBIENTES CONTROLADOS.  2004.

WINKALER, E. U. Aspectos ecotoxicológicos dos inseticidas Diflubenzuron e Teflubenzuron para o pacu (Piaractus mesopotamicus).  2008.

Tags: Ana Paula da Silva BertãogiapisciculturaUFPR
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