Ostra-do-pacífico (Crassostrea gigas)
Segundo Poli (2004), desde a década de 1934 aventava-se a possibilidade de introdução da ostra japonesa, também conhecida como ostra-do-Pacífico, Crassostrea gigas (Thumberg, 1975) para servir de base para o desenvolvimento da ostreicultura nacional. No entanto, essa introdução só viria a acontecer efetivamente em 1974, através da importação de sementes da Grã-Bretanha, realizadas pelo Instituto de Pesquisas da Marinha, em Cabo Frio.
A escolha dessa espécie se deu em função de seu melhor desempenho zootécnico, com especial destaque para as taxas de crescimento que costuma apresentar em condições de cultivo (Silva & Silva, 2007).
O progresso das pesquisas na área de ostreicultura no Brasil essa a principal espécie cultivada entre os estados de Santa Catarina (principal produtor) e São Paulo. No Paraná foram realizados cultivos e pesquisas (Adami, 2001) na última década, a partir de sementes adquiridas em Santa Catarina. No entanto, essa nunca foi uma atividade formal e atualmente os cultivos de C. gigas estão sendo desestimulados e substituídos pelo cultivo de C. brasiliana. Nos demais estados litorâneos, especialmente na região Nordeste, onde a temperatura da água é muito alta para o cultivo de C. gigas, o cultivo da espécie é bastante raro.
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Adami, R. L. 2001. Entrevista com Javier Ganoza Macchiavello do CPPOM/PUCPR. Disponível em: http://www.guaratubaonline.com.br/index.php?pag=noticia&cod_n=19. Acessado em 30/03/2010.
Poli, C. R. 2004. Cultivo de ostras do Pacífico (Crassostrea gigas, 1852). Eds. C. R. Poli, A. T. Poli, E. R. Andreatta, & E. Beltrame. Florianópolis, SC: Aquicultura: experiências brasileiras. pp. 251-266.
Silva, C.C. & Silva J.C. 2007. Cultivo de ostras. Dossiê técnico. Serviço brasileiro de respostas técnicas. REDETEC Rede de Tecnologia do Rio de Janeiro. 20 p.