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Influência da temperatura no processo de muda em siris: implicações na produção de siri mole.

20/04/2021
in Divulgação Científica, Notícias
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Influência da temperatura no processo de muda em siris: implicações na produção de siri mole.

Por Camila Prestes dos Santos Tavares

Publicado em 06/04/2016

Os crustáceos Decapoda pertencentes à família Portunidae, popularmente conhecidos como siris, periodicamente passam pelo processo de muda ou ecdise (Figura 1), substituindo seu exoesqueleto rígido por um novo  momentaneamente flexível e macio (Hartnoll, 1971). Logo após a muda, o siri com exoesqueleto macio, comumente chamado de siri mole, tem grande valor gastronômico em várias partes do mundo (Perry et al., 2010; Fao, 2015; He, 2015).

O período de tempo compreendido entre uma muda e a subsequente é chamado de “ciclo de muda” (Freeman et al., 1987). Nesse caso, o ciclo de muda divide-se em quatro etapas: inter-muda, pré-muda, muda e pós-muda. Sendo a etapa de inter-muda a mais longa, durando em média 34 dias. O ciclo de muda é controlado por homônimos esteróides produzidos pelas glândulas antenal e do seio (Freeman e Perry, 1985; Chung, 2010), entretanto também pode ser fortemente influenciado pelos fatores exógenos, como a temperatura  (Tagatz, 1969).

figura1060416

Figura 1. Processo de muda do siri (Callinectes sapidus) fotografado em laboratório durante 30 minutos. A) Ruptura do lado posterior da carapaça; B) Início da retirada da exúvia através da movimentação dos apêndices; C) Movimentação dos quelípodes e expulsão da exúvia. O siri continua a crescer, mas não está completamente túrgido. Espinhos laterais ainda não estão completamente estendidos; D) Ecdise completa, com crescimento completa e extensão dos espinhos laterais. FONTE: A.C. Young Williams.

A temperatura exerce grande influência em muitos processos de crescimento de organismos ectotérmicos, incluindo o tempo de desenvolvimento de insetos (Rodrigues, 2004), a duração de estágios de crustáceos planctônicos (Kurata, 1962), e o período de inter-muda de caranguejos e siris (Smith, 1997). 

Segundo Tagatz (1968), após a realização de experimentos em condições controladas de laboratório, o pesquisador pôde concluir que os períodos de inter-muda em C. sapidus são mais curtos quando mantidos sob temperaturas mais elevadas, resultando na ocorrência de mudas precoces, e mais longas em temperaturas mais baixas, independentemente da faixa de tamanho do organismo, como pode ser observado no gráfico abaixo (Figura 2).

figura206042016

 Figura 2. Influência da temperatura no período de inter-muda em siris da espécie C. sapidus de diferentes faixas de tamanho. FONTE: (Tagatz, 1968).

Em condições ideais de aclimatação, siris da espécie C. sapidus podem sobreviver em ambientes com temperaturas de até 40ºC, e suportar temperaturas abaixo de 0ºC (Tagatz, 1969).  Segundo Tagatz (1968), o período de inter-muda de siris de um determinado tamanho é geralmente mais curto no limite da temperatura máxima tolerável.

Também há muito tempo é sabido que o siri da espécie C. sapidus que vive em regiões temperadas, durante o período mais frio do ano, no inverno, para de realizar a muda (Churchill, 1919), e de acordo com Tagatz (1968) o fato parece estar associado com a baixa temperatura. A inibição da muda foi observada na Carolina do Sul e em Chesapeake Bay (Churchill, 1919), ambos nos Estado Unidos, onde durante o inverno as temperaturas médias foram abaixo de 8,9ºC. Em contraste, as temperaturas médias de inverno permaneceram acima de 8,9ºC na Flórida (Tagatz, 1968) e no Mississipi (Perry et al., 1992), onde a muda foi observada durante todo o ano.

Podemos concluir que a temperatura é um dos principais fatores exógenos que influenciam no processo de muda em siris. De modo comercial, para o sucesso da produção de siri mole, a atenção para as variáveis ambientais como a temperatura, é indispensável, pois estímulos externos tais como a baixa temperatura, podem inibir a muda influenciando diretamente na produção. 

Referências

ARCHAMBAULT, J. A.; WENNER, E. L.; WHITAKER, J. D. Life History and Abundance of Blue Crab, Callinectes Sapidus Rathbun, at Charleston Harbor, South Carolina. Bulletin of Marine Science, v. 46, n. 1, p. 145-158, // 1990.  Disponível em :<http://www.ingentaconnect.com/content/umrsmas/bullmar/1990/00000046/00000001/art00012 >.

CHUNG, J. S. Hemolymph ecdysteroids during the last three molt cycles of the blue crab, Callinectes sapidus: quantitative and qualitative analyses and regulation. Archives of Insect Biochemistry and Physiology, v. 73, n. 1, p. 1-13,  2010. ISSN 1520-6327. Disponível em: < http://dx.doi.org/10.1002/arch.20327 >.

CHURCHILL, E. P., JR. . Life history of the blue crab. Bulletin of the Bureau of Fisheries, v. 36, p. 37,  1919.  

FAO. Cultured aquatic species information program.pdf. Food and Agriculture Organization of the United Nations,  2015.  

FREEMAN, J.; PERRY, H. The crustacean molt cycle and hormonal regulation: its importance in soft shell blue crab production. Proceedings of the National Symposium on the Soft-Shelled Blue Crab Fishery, p. 23 – 30,  1985.  

FREEMAN, J. A.  et al. Postmolt and intermolt molt cycle stages of Callinectes sapidus. Aquaculture, v. 61, n. 3–4, p. 201-209, 4/1/ 1987. ISSN 0044-8486. Disponível em: < http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/0044848687901499 >.

HARTNOLL, R. G. The occurrence, methods and significance of swimming in the Brachyura. Animal Behaviour, v. 19, n. 1, p. 34-50, 2// 1971. ISSN 0003-3472. Disponível em: < http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S000334727180132X >.

HE, J. Chinese public policy on fisheries subsidies: Reconciling trade, environmental and food security stakes. Marine Policy, v. 56, n. 0, p. 106-116, 6// 2015. ISSN 0308-597X. Disponível em: < http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0308597X15000020 >.

KURATA, H. Studies on the age and growth of Crustacea. . Bulletin of the Hokkaido Regional Fisheries Research Laboratory, v. 24, p. 115,  1962.  

PERRY, H.  et al. Expansion of the Soft Crab Fishery in Mississippi Using Cultured Blue Crabs. p. 5,  2010.  

PERRY, H.  et al. Soft Crab Fisheries: Potencial for Caribbean Development. Proceedings 41st Annual Gulf and Caribbean Fisheries Institute, p. 11,  1992.  

RODRIGUES, W. C. Fatores que influenciam no desenvolvimento dos insetos. Info Insetos – Informativo dos Entomologistas do Brasil, v. 4, p. 4,  2004.  

SMITH, S. G. Models of Crustacean Growth Dynamics.    1997.   Disponível em: < https://books.google.com.br/books?id=HYMLOAAACAAJ >.

TAGATZ, M. E. Biology of the blue crab, Callinectes sapidus Rathbun. Fishery Bulletin, v. 67, n. 1, p. 16,  1968.  

TAGATZ, M. E. Some Relations of Temperature Acclimation and Salinity to Thermal Tolerance of the Blue Crab, Callinectes sapidus. Transactions of the American Fisheries Society, v. 98, n. 4, p. 713-716, 1969/10/01 1969. ISSN 0002-8487. Disponível em: < http://dx.doi.org/10.1577/1548-8659(1969)98[713:SROTAA]2.0.CO;2 >. 

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