Giorgi possui graduação em Zootecnia pela Universidade Federal do Paraná (UFPR, 2010) e Mestrado em Ciências Veterinárias pela Universidade Federal do Paraná (UFPR, 2012). Atua nas áreas de fisiologia com ênfase em estresse, comportamento, bem-estar de peixes de produção e ecotoxicologia aquática. Foi professor substituto no Departamento de Produção Animal do Instituto Federal Catarinense – Campus Araquari, ministrando as disciplinas de zootecnia geral, agroindústria e bem-estar animal (2012-2013). É sócio efetivo da Sociedade Brasileira de Ecotoxicologia – ECOTOX Brasil. Atualmente é doutorando do Programa de Pós-graduação em Zoologia e contribuí na condução de projetos de pesquisa no Grupo Integrado de Aquicultura e Estudos Ambientais – GIA, ambos na Universidade Federal do Paraná.
Projeto de Pesquisa: “Marcadores ecotoxicológicos em peixes nativos: aplicação e desenvolvimento de novas metodologias para o monitoramento de ambientes afetados por vazamento de petróleo”.
Apesar das evidências de que o número de derrames de petróleo e subprodutos tem diminuído nas últimas décadas, ainda são registrados alguns incidentes de grande escala como os que envolveram o navio petroleiro Prestige, na costa espanhola em 2002 e, mais recentemente, o que causou a explosão de uma plataforma de extração de petróleo no Golfo do México em 2010. Além desses, outros vazamentos de subprodutos de petróleo, como gasolina e óleo diesel, têm sido registrados, afetando ambientes aquáticos continentais em diferentes países.
Especificamente no estado do Paraná, o histórico de derrames de petróleo e derivados que afetaram ambientes aquáticos é bastante relevante. Em julho de 2000 ocorreu aquele que é considerado o maior derramamento de óleo cru da história do Brasil. Aproximadamente quatro milhões de litros, ou cerca 25 mil barris de petróleo, vazaram do oleoduto OSPAR, na área interna da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (REPAR), localizada no município de Araucária. Mesmo com o uso de técnicas e equipamentos de contenção, o óleo atingiu rios da região e alcançou uma área distante 45 km do local do acidente, contaminando a porção final do Rio Barigui e a região do Alto Rio Iguaçu.
No ano seguinte, em fevereiro de 2001, aproximadamante 52 mil litros de óleo diesel vazaram do oleoduto OLAPA, que liga a Refinaria Presidente Getúlio Vargas (REPAR), em Araucária, ao terminal de Paranaguá, na Serra do Mar paranaense. O óleo atingiu uma região de Mata Atlântica, incluindo o Rio do Meio, Rio Sagrado, manguezais e várzeas do Rio do Neves, Rio Nhundiaquara, chegando até à Baía de Paranaguá. Em março de 2002, em Londrina, região no norte do estado, o Ribeirão Lindóia foi contaminado por aproximadamente 100 mil litros de óleo diesel. Já em 2004 a Baia de Paranaguá, no litoral do Estado, foi afetada pelo vazamento de quase 1,5 milhões de litros de 23 óleo (bunker oil) e 4 mil toneladas de metanol do navio chileno Vicuña, que explodiu no Porto de Paranaguá.
Dessa forma, a aplicabilidade de metodologias que tenham por objetivo identificar a ocorrência e a intensidade de acidentes envolvendo o derrame de petróleo e derivados devem ser testadas em ambientes e espécies regionais com o objetivo de facilitar o diagnóstico em caso de uma ação de monitoramento. Esse projeto será realizado através da interação do Grupo Integrado de Aquicultura e Estudos Ambientais (GIA) e o Laboratório de Química Ambiental (GQA), ambos da UFPR, com auxílio financeiro da Petrobras.
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