Critérios considerados na definição das áreas mais adequadas para a demarcação de parques aquícolas marinhos
A ocupação desordenada do meio ambiente (costeiros ou continentais) compromete a sustentabilidade dos sistemas e a quantidade e qualidade dos recursos hídricos. Neste contexto, esse padrão de ocupação, caso não seja planejado e ordenado, pode resultar em sérios problemas para a própria aquicultura, além de comprometer o manejo dos recursos hídricos afetando, desta forma, os demais usuários dos ambientes e dos recursos hídricos. Ou seja, uma ocupação inadequada dos espaços em ambientes aquáticos pode originar não apenas problemas de ordem técnica, mas também sociais e econômicos.
Qualquer sistema ambiental é naturalmente muito complexo, o que exige o uso de técnicas adequadas de análise e de tomada de decisão. Para que o mapeamento de áreas adequadas seja aplicado em grandes áreas territoriais é necessário se utilizar de modelos. Estes modelos são uma representação simplificada da realidade para facilitar a descrição, a compreensão do funcionamento atual e do comportamento futuro das questões relacionadas às potencialidades e fragilidades.
A confiabilidade de qualquer modelo é uma característica fundamental, pois ela significa a probabilidade de sucesso durante sua operação. Em outras palavras, a confiabilidade é probabilidade de um modelo funcionar quando submetido a uma determinada condição de operação. Se a confiabilidade é baixa, significa que o modelo apresenta muitas falhas.
No caso da seleção de áreas apropriadas para o desenvolvimento da aquicultura, essas falhas podem acarretar em dificuldades técnicas ou biológicas para a viabilização comercial dos empreendimentos instalados, originar impactos ambientais significativos e/ou conflitos das mais diversas ordens com outros usuários dos ambientes aquáticos. Assim, a avaliação correta desses três componentes (técnico/biológico, ambiental e social) é fundamental para o sucesso do trabalho de zoneamento e demarcação dos parques aquícolas.
Desta forma, avaliando todos os dados obtidos (área ambiental, social e técnico/biológico) foram elaborados os mapas: de conflitos, de exclusão e de favorabilidade (levando em consideração o sistema de cultivo empregado e as espécies a serem cultivadas).
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