Por Nathieli Cozer
Publicado em 14 de agosto de 2019
A Matriz energética de um país engloba o conjunto de fontes de energia ofertado para captar, distribuir e utilizar energia nos setores comerciais, industriais e residenciais. A matriz representa a quantidade de energia disponível e a origem dessa energia que pode ser de fontes renováveis ou não renováveis.
No Brasil, o Ministério de Minas e Energia (MME) é a instituição responsável por desenvolver os princípios básicos e balizar as diretrizes da política energética nacional. Como apoio, o MME promove, através de órgãos e empresas vinculadas, diversos estudos e análises orientadas para o planejamento do setor energético. Vinculada ao MME encontra-se a Empresa de Pesquisa Energética – EPE. A EPE é uma empresa pública que tem como objetivo prestar serviços na área de estudos e pesquisas destinados a subsidiar o planejamento do setor energético. Entre as competências da EPE está a de elaborar e publicar o Balanço Energético Nacional – BEN. O BEN possui a finalidade de documentar e divulgar, a contabilidade relativa à oferta e consumo de energia no Brasil, contemplando as atividades de extração de recursos energéticos primários, sua conversão em formas secundárias, a importação e exportação, a distribuição e o uso final da energia.
O BEN 2019 apresenta os dados da contabilização da oferta, transformação e consumo final de produtos energéticos no Brasil, tendo por base o ano de 2018. Segundo este relatório, o Brasil possui uma matriz energética diferente da mundial pois, utiliza mais fontes renováveis que o resto do mundo. A Repartição da oferta interna de energia – OIE (Figura 1) está dividida em fontes renováveis e não renováveis. Entre as renováveis destacam-se a Biomassa de cana (17,4%), a hidráulica (12,6%), Lenha e carvão vegetal (8,4%) e Lixívia e outras renováveis (6,9) que juntas representam 45,3% da matriz energética brasileira. Já as fontes não renováveis somam 54,7% do total e são representadas pelo petróleo e derivados (34,4%), gás natural (12,5%) Carvão mineral (5,8%), urânio (1,4%) e outras não renováveis (0,6%).
A Figura 2 representa os maiores usuários de energia no ano de 2018. De acordo com a EPE, o setor de transportes foi o primeiro colocado, seguido do setor industrial, setor energético, residências, uso não energético, serviços e agropecuária.
Embora o Brasil detenha umas das matrizes energéticas mais renováveis do mundo, ainda, possui uma alta dependência de combustíveis fósseis, ou seja, de recursos não renováveis. O BEN tem se mostrado como importante instrumento de pesquisa para estudos setoriais, na medida em que apresenta estatísticas confiáveis, muitas vezes reveladoras de tendências, da oferta e do consumo de energia. O documento é tido como referência para os dados de energia do país e no balizamento as estratégias voltadas ao setor energético brasileiro.
Referências consultadas
http://epe.gov.br/pt/publicacoes-dados-abertos/publicacoes/balanco-energetico-nacional-2019
http://epe.gov.br/pt/publicacoes-dados-abertos/publicacoes/balanco-energetico-nacional-ben