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GIA - Grupo Integrado de Aquicultura e Estudos Ambientais
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Maricultura na China (segunda parte)

20/04/2021
in Divulgação Científica, Notícias
1

Fig 0

MARICULTURA NA CHINA (Segunda parte)

Por Rafael Fernández de Alaiza G. M.

Publicado em 19/01/15

 

Criação de tainha

As tainhas têm sido cultivadas na China há mais de 400 anos e são bem aceitas pela população, especialmente em Taiwan, onde alcançam alto valor comercial.

Esta espécie é detritívora (alimenta-se principalmente de microrganismos presentes nos sedimentos). É euritérmica (tolera uma ampla gama de temperaturas), eurialina (pode ser cultivada em água do mar, água salobra ou doce), tem um rápido crescimento e poucas doenças relacionadas. Recomendada pela FAO como uma das espécies de peixes perfeitos para o cultivo.

A tainha pode ser cultivada através de monocultura ou policultura.

Cultivo de garoupa

 O início dos cultivos da Garoupa na China ocorreu de forma bem interessante. Não foram pesquisadores que desenvolveram a tecnologia de cultivo e sim os próprios pescadores.  Acontece que alguns pescadores da região costeira ao sul da China observaram que, em certa época do ano, havia certa abundância de garoupas juvenis e, devido à demanda e ao alto valor comercial destas espécies, os mesmos começaram a capturar os alevinos e colocá-los em gaiolas. Os animais passaram a ser alimentados com pedaços de peixe e outros rejeitos de pesca até atingir o tamanho comercial. Isso chamou a atenção de biólogos, que se dedicaram a estudar reprodução, a fim de obter os alevinos artificialmente.

Existem dez espécies de garoupas cultivadas atualmente na China. As mais importantes são Epinephelus coioides e E. malabaricus. São produzidos anualmente, cerca de 100 milhões de alevinos do garoupa, e 100.000 toneladas de peixes de tamanho comercial, em 80.000 gaiolas e 4.000 ha de viveiros.

A maioria das espécies de garoupa (Família Serranidae), amadurecem entre 2 e 6 anos de idade. O crescimento lento, a reprodução tardia e o ciclo de vida longo as tornam mais vulneráveis à sobre pesca.

Fig 2

Fig. 1 Matrizes garoupas (Epinephelus malabaricus) em um laboratório na ilha Dongshang, província de Fujian (foto R.F. Alaiza).                

Fig 3

Fig. 2 Viveiros com água do mar, para engorda da garoupa na ilha Dongshang, na província de Fujian (foto R.F. Alaiza).                             

Fig 4  

Fig. 3 Garoupas (Epinephelus coioides) de tamanho comercial, quase prontos para a venda (foto R.F. Alaiza).

Cultivo de Tilapia

As tilápias são peixes onívoros, com grande aptidão ao cultivo tal como crescimento rápido, boa resistência ao stress, qualidade da carne, alta capacidade reprodutiva, crescimento rápido, altos rendimentos etc. Tais características fazem com que seja a primeira opção para uso em sistemas de piscicultura. Além disso, ela pode ser cultivada tanto em água doce como em água salobra e até marinha, em viveiros, gaiolas, tanques ou também em sistemas de tratamento de águas de indústrias.

Em 2009, o volume global de produtos de tilápia foi 294 mil toneladas, das quais cerca de 259 mil toneladas foram exportadas pela China, o que representa 90% do total mundial

No mercado internacional, os produtos de peixe branco, como o bacalhau e a truta, estão se esgotando, enquanto a tilápia, com a sua carne branca, sabor suave, quantidade reduzida de espinhos e odor reduzido, tem, e muito, agradado consumidores da América do Norte e Europa, que tradicionalmente são consumidores de peixes de carne branca. A exportação de tilápia da China para os EUA chegou a 330.000 t em 2011 (incluindo mais de 710 mil t de indivíduos vivos) com um valor total de exportação de mais de 1.100 milhões de dólares.

 Fig 5

Fig. 4 Auni tilápia: Esta é a primeira geração de descendentes híbridos de cruzar machos reprodutores Oreochromis aureus com fêmeas de O. niloticus. 

Cultura na Pampo

Os primeiros casos de sucesso na reprodução artificial desta espécie foram registrados em 1999, mas a produção em larga escala não começou até 2003, quando o pampo começou a ser cultivado em viveiros na província de Hainan.

A produção anual de pámpano na China no período 2006-2010 foi de 21.500 t, t 35.100, 36.500 t, t 66.100 112.500 t ano, respectivamente.

O pampo tem baixa tolerância a baixas temperaturas, preferindo temperaturas entre 16-36 ℃ e desenvolvendo-se melhor entre 22-30 ℃.  Abaixo de 16 ℃ os peixes podem parar de comer e em temperaturas inferiores a de 14 ℃ eles começam a morrer.

O pampo pertence ao grupo de peixes eurialinos, adaptando-se a  salinidades entre 2 e 45 ups, sendo que a salinidade óptima de crescimento varia de 5 a 25 ups. Atingem um bom tamanho, têm elevada taxa de crescimento e grande facilidade de adaptação ao ambiente.

Geralmente, sob cultivo artificial, atingem o tamanho comercial (que é cerca de 500 g) em seis meses.

Fig 6 

 Fig.5 Pampo (Trachinotus ovatus).

Fig 7 

Fig. 6 Gaiolas flutuantes, para engorda do pámpano (Trachinotus ovatus).

 Fig 8

Fig. 7 Despesca dos peixes cultivados na gaiola.

 Fig 9

Fig. 8 Viveiros para o cultivo de pampo (Trachinotus ovatus)

Considerações gerais

Como eu havia narrado na primeira parte deste breve relato, durante a minha viagem de estudo à China em 2012, observei aspectos importantes da aquicultura marinha. Por exemplo, a criação de camarões, como em outros países da Ásia, difere das criações de camarão nas Américas. Lá os empreendimentos são familiares, com pequenos viveiros nos quintais das casas, algo bastante típico da cultura Asiática.

Quando viajamos pela China somos surpreendidos, muitas vezes, ao passar por elevações nas estradas, como pontes e viadutos, onde podíamos vislumbrar muitas casas com viveiros equipados com aeradores de pá, em especial em áreas próximas a rios.

Constatamos também uma notável capacidade dos vendedores de rua de manter espécimes marinhas vivas para venda nas calçadas, em meio aos pedestres. Na cidade de Xiamen, uma velhinha me chamou atenção por cuidar e manter uma grande quantidades de animais marinhos vivos, como moluscos bivalves, peixes e caranguejos, em bacias com apenas um aerador a pilha. Outro ponto que me chamou muito a atenção foi o número de restaurantes com animais vivos, mantidos em aquários marinhos para o consumo. Assim como na costa da província de Fujian onde há também uma grande demanda de frutos do mar, principalmente vivos.

 Fig 10

Fig. 9 Aquários de um restaurante na cidade de Xiamen, província de Fujian (foto R.F. Alaiza).

 Na bela ilha de Dongshang, os restaurantes beira mar não se preocupam com escassez de frutos do mar uma vez que cultivos com gaiolas flutuantes são evidentes e muito próximos desses restaurantes, dando durante a noite um toque pitoresco a paisagem. Em algumas noites, vimos turistas ajudando pescadoras, que riam e gritavam enquanto puxavam as redes lotadas de pequenos peixes.

Nossa impressão foi que a atividade de maricultura funciona como um grande sistema, onde as autoridades locais realizaram estudos de gestão integrada da zona costeira e definem previamente as áreas de cultivo, de pesca, de turismo e de esportes náuticos. Todos devem respeitar o zoneamento, sob a pena de multa. Segundo o que nos explicaram, os erros do passado como proteção ambiental insuficiente estão sendo corrigidos e a consciência ambiental é muito apreciada na sociedade.

Na mesma região da ilha, observamos a produção de gaiolas flutuantes na praia que posteriormente serão rebocadas para o mar. Também observam-se cordas flutuantes para o cultivo de macroalgas, conjuntos de gaiola flutuantes para o cultivo de moluscos abalone e peixes muito apreciados como pampo e garoupa.

As relações comerciais entre os diferentes empreendimentos são muito interessantes. Os produtores de algas vendem suas colheitas para os produtores de moluscos e os resíduos do processamento de peixes são vendidos para os criadores de peixes. Assim fica claro que o sistema funciona como um “cluster” ou APL (Arranjo Produtivo Local).

Em suma, não enfatizamos que o sistema de maricultura da China é perfeito, ou que deva ser imitado, mas os números falam por si só, e eu acho que certamente funciona, e o ponto principal é que se adapta às necessidades da população.

As investigações estão em andamento para ampliar a gama de espécies marinhas em cultivadas. Segundo ao biólogos nos disseram, eles tem muitas tarefas e desafios, mas como todo mundo sabe, os chineses sempre encontram uma solução.

 

Fonte

Informações e fotos do curso “Training Course on Mariculture Technology for Developing Countries”, FJIO, Xiamen, Fujian, Rep. Pop. Jun-Jul 2012.

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Comments 1

  1. Madaleno Mário Praia Baptista Chaves says:
    4 anos ago

    Muito bom dia,
    Senhores com os respeitosos cumprimentos, gostaria receber de V. Excelências uma informação sobre as espécies cultiváveis marinha

    Muito Obrigado

    Chaves

    Responder

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