Procedimentos realizados durante a despesca de camarões cultivados em viveiros
Por: Aline Horodesky
Publicado em 13/06/2016
O termo despesca é utilizado, na aquicultura, para definir a operação de retirada do organismo cultivado do viveiro quando este atinge tamanho comercial.
No caso específico da carcinicultura, a despesca dos camarões é realizada preferencialmente à noite ou em períodos de temperaturas amenas (Fig. 1), minimizando-se, dessa forma, o estresse dos animais e refletindo positivamente sobre a sua qualidade.
Fig. 1: Finalização da despesca no amanhecer do dia. Fonte: GIA
Os camarões em geral são despescados para comercialização dentro de 90 a 120 dias de cultivo, quando atingem um peso médio de 12g.
Fig. 2: Camarão com aproximadamente 12 a 15 gramas. Fonte: GIA
O início da despesca é realizado mediante drenagem gradual da água dos viveiros, até atingir aproximadamente 30% do seu volume inicial e, durante esse processo, é feita a suspensão da alimentação dos animais.
No dia da despesca são abertas as comportas dos viveiros (Fig. 3) e o método utilizado para a captura dos animais ocorre a partir da instalação de redes “bag-net” no lado de fora da comporta de drenagem do viveiro (Fig. 4). À medida que os camarões vão sendo arrastados pela correnteza da água em direção à comporta, são aprisionados nas redes e coletados.
Fig. 3: Abertura das comportas do viveiro para início da despesca.
Fig. 4: Instalação de redes “bag-net” para captura dos camarões da despesca.
A retirada dos animais da rede é realizada sequencialmente, sendo estes levados para tanques com uma mistura de água, gelo e metabissulfito de sódio na proporção de 2%, permanecendo nesses, de 20 segundos a 10 minutos (Fig. 5).
Fig. 5: Acondicionamento dos camarões em tanques contendo água, gelo e metabissulfito de sódio.
Após, esses animais são transferidos para caixas de isopor com gelo (Fig. 6) e levados para as indústrias de beneficiamento.
Fig. 6: Animais acondicionados em caixas térmicas contendo gelo, preparados para o transporte.