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Rações contaminadas por micotoxinas: um problema na produção de peixes e camarões

20/04/2021
in Divulgação Científica, Notícias
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Rações contaminadas por micotoxinas: um problema na produção de peixes e camarões

 

Por Camila Prestes dos Santos Tavares

Publicado em 23/09/2015

 

O maior custo na produção de peixes e camarões é com a alimentação, representando cerca de 70% de todos os gastos operacionais. Entretanto, atualmente, o preço das rações tem sido considerado como fator secundário, e os produtores têm dado mais atenção aos benefícios da qualidade da ração no desempenho e na saúde dos animais cultivados.

Na formulação das rações utilizadas nas atividades aquícolas, são empregados vários ingredientes, principalmente os grãos como soja, milho, trigo, farelos vegetais, entre outros ingredientes, os quais fornecem os nutrientes necessários para garantir o bom desempenho na produção de animais aquáticos.

Estes ingredientes utilizados nas rações são susceptíveis a ação de fungos, que são micro-organismos multicelulares filamentosos que podem ser deletérios aos animais cultivados por produzirem substâncias tóxicas, conhecidas como micotoxinas. Em sua maioria, os testes realizados nos ingredientes utilizados nas rações, principalmente o milho, são positivos para a presença de micotoxinas, muitas vezes ultrapassando o limite máximo (20 ppb)  estipulado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA.

Atualmente, são conhecidas mais de 80 espécies de fungos produtores de micotoxinas, e mais de 300 micotoxinas já foram identificadas. Os fungos comumente encontrados em rações pertencem aos gêneros Aspergillus, Penicilium e Fusarium (Figura 1), sendo as aflatoxinas e fumonisinas mais detectadas.

imagem1camilaFigura 1. Fungos produtores de micotoxinas A) Aspergillus sp.; B) Penicilium sp. e C) Fusarium sp. vistas por microscopia eletrônica (FONTE A) The Consersation – Koichi Makimura;  B) Departamento of Biological Sciencies – Phillip Rutledge; C) APS – Merton F. Brown e Harold G. Brotzman.

A ação de fungos produtores de micotoxinas, mesmo em concentrações baixas, ocasionam perdas bastante significativas na produção de peixes e camarões, diminuindo o sucesso na rentabilidade da atividade, levando os produtores a acreditarem até que são perdas normais ou atribuídas a doenças.

Os efeitos da ingestão de rações contaminadas por micotoxinas dependem do tipo e da concentração de micotoxina, e da frequência do consumo do alimento contaminado. Os efeitos variam de imunossupressão, ou seja, quando as funções imunológicas são suprimidas, deixando-os mais vulneráveis a infecções, e em casos graves, podem levar até a morte dos organismos cultivados. Na Figura 2 e Figura 3 são resumidos alguns sinais de intoxicação por micotoxinas em camarões e peixes, respectivamente.

FIGURA 2Figura 2. Efeitos das micotoxinas sobre a saúde do camarão (adaptada de BIOMIN).

FIGURA 3Figura 3. Efeitos das micotoxinas sobre a saúde de peixes (adaptada de BIOMIN).

Há vários registros de detecção de micotoxinas em rações para peixes e camarões. Na região de Londrina (PR), 57% das amostras de rações de peixes detectaram a presença de micotoxinas. No Rio de Janeiro, 98% das amostras de rações para tilápia detectaram micotoxinas do tipo fumonisina, e 55% do tipo aflatoxinas. Em rações para camarões, Santos (2006) detectou contaminação por fungos produtores de micotoxinas, principalmente Aspergillus sp., Penicilium sp. e Fusarium sp. em amostras de várias fazendas no Piauí. Calvet (2012) também identificou fungos produtores de micotoxinas, porém diretamente de amostras de camarões cultivados.

A presença de micotoxinas em rações de peixes e camarões é comum, mas é necessário que a concentração de micotoxinas não ultrapasse o limite máximo estabelecido pelo MAPA.

As micotoxinas podem se desenvolverem em rações para aquicultura quando são formuladas com produtos de má qualidade, durante o transporte, e principalmente no armazenamento inadequado, em locais com umidade elevada, sob altas temperaturas e pouca ventilação.

Diante disso, pequenas ações práticas devem ser tomadas para evitar problemas de contaminações com micotoxinas, tanto para produtores quanto para os fabricantes de rações. É fundamental a adoção de boas práticas de produção pelos fabricantes, incluindo o monitoramento da presença e quantidade de micotoxinas nos ingredientes e o adequado armazenamento da matéria prima e do produto final.  Nas fazendas, é necessário o investimento em rações de alta qualidade feita com matéria-prima segura, e promover local adequado para o armazenamento das rações e evitar a estocagem por longos períodos.

As micotoxinas sempre estarão presentes em rações de peixes e camarões, mas é necessária uma preocupação constante e o investimento em boas práticas, consequentemente, aumentará a segurança da produção e o fornecimento de produtos aquícolas de boa qualidade.

 

REFERÊNCIAS CONSULTADAS

Biomin – Disponível em: http://www.biomin.net/en/species/aquaculture/mycotoxins/. > Acesso em 19/07/2015.

Calvet R. M., Pereira M. M. G., Costa A. P. R., Fialho R. C. J., Muratori M. C. S.. 2012. Toxigenic fungi in cultivated marine shrimp and the toxigenic potential of Aspergillus sections Flavi and Nigri strains. Revista Inst. Adolfo Lutz. 71(4):638-44.

Gimeno, A. Revision genérica del problema de los hongos y de las micotoxinas en al alimentacion animal. Disponível em: http://www.micotoxinas.com.br/boletim4.htm.> Acesso em 15/07/2015.

Lopes, P. R. S., Neto J. R., Mallmann C. R., Lazzari R., Pedron F. A., Veiverberg C. A. 2005. Crescimento e alterações no fígado e na carcaça de alevinos de jundiá alimentados com dietas com aflatoxinas. Pesquisa agropecuária brasileira, Brasília, v. 40.

Nunes E. M. C. G. 2009.  Micobiota fúngica nos ingredientes e em ração para piscicultura. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal do Piauí, Teresina.

Oldoni M. L., rosa A. D., teixeira M. L.. 2012.  Análises micotoxicológicas em rações comercializadas no Oeste de Santa Catarina. Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, v.14, n.4, p.373-379.

Santos, F. C. F. 2006. Pesquisa de fungos micotoxígenos em rações e de micotoxina em camarões cultivados no litoral do Piauí. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal do Piauí, Teresina.

Panorama da Aquicultura. 2015. Sistemas de recirculação, a vanguarda da aquicultura dinamarquesa. Vol. 25, nº 148 – Março-Abril, p. 14-23.

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